A literatura de Alenquer volta a brilhar no cenário cultural do Pará. A Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, anunciou a reedição do livro “Verde Vagomundo”, do renomado escritor alenquerense Benedicto Monteiro. O lançamento ocorreu em Santarém, na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), junto à divulgação do Edital César Leite, que homenageia a resistência democrática na Amazônia.

A obra “Verde Vagomundo” integra a tetralogia amazônica de Benedicto Monteiro, composta também por “Aquele Um”, “O Minossauro” e “A Terceira Margem”. Segundo a Ioepa, todas as quatro obras serão reeditadas até o fim de 2025, reafirmando o compromisso da editora com a preservação da memória cultural da Amazônia e a valorização dos escritores paraenses.

Homenagem à democracia e à cultura amazônica

Durante o evento, o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, destacou a relevância de unir literatura e memória política.

“Lançar o Edital César Leite e o livro Verde Vagomundo tem uma importância enorme. Estamos em tempos de defesa da democracia, e Benedicto Monteiro foi um autor fundamental para compreender a Amazônia e os seus povos”, afirmou.

O Edital César Leite é uma chamada pública para selecionar textos inéditos sobre o impacto da Ditadura Militar na Amazônia. A iniciativa homenageia o estudante César Leite, assassinado dentro de uma sala de aula da Universidade Federal do Pará durante o regime militar. A coletânea resultante será publicada em formato digital e impresso, com distribuição gratuita e comercialização em todo o estado.

Alenquer em destaque na cultura paraense

A nova edição de “Verde Vagomundo” reforça o nome de Alenquer como um importante berço da cultura amazônica. Benedicto Monteiro, natural da cidade, é reconhecido nacionalmente por retratar com profundidade os dramas humanos, sociais e políticos da região.

A Ioepa já destinou exemplares da obra para as bibliotecas públicas da Ufopa, nos campi de Santarém e Alenquer, garantindo o acesso gratuito de estudantes e leitores ao legado do escritor.

Cultura, memória e Amazônia

O relançamento da obra e o edital literário acontecem às vésperas da COP 30, que será realizada em Belém, e reforçam a importância de promover um olhar amazônico sobre o meio ambiente, a democracia e a identidade regional.

Com a reedição de “Verde Vagomundo”, Alenquer reafirma seu papel na formação do pensamento literário e social da Amazônia, celebrando um de seus filhos mais ilustres e perpetuando a voz da floresta por meio da arte e da literatura.

Com Informações da ASCOM/IOEPA
Agencia Pará